sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Aventura no hospital

Retirado de:  http://www.educapoker.pt/foruns/geral/comunidade/blogs/sinais-de-fumo?page=2
Sugestão: T.



"Começo este relato digno de Apollinaire.
Segunda-feira ( dia 6 de Junho ) sou hospitalizado para ser operado Terça sobre as 9:00 a.m.
Encontro-me com um grupo de 8 estagiárias de enfermagem na minha enfermaria!
1ª prova- Sacar sangue ( sim, adivinharam todos, aqui o menino é a cobaia das práticas todas!!! WTF )
Braço esquerdo, 16 olhos em mim, brrrrrrrrrrrrr

Error 404 - Veia Not Found
Mudamos de braço, exigências do guião. brrrrrrrrrrrrrrrrr Error 404!!
DIOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOS, começo a ficar com o braço como um coador!
Mudamos de braço ( yes we can )!
Prova superada!
2ª prova- Injeção anti-coagulante.
"Bohh, nível de dificuldade = easy easy"
A INJEÇÃO É NA BARRIGA AO LADO DO UMBIGO! Are you fucking kidding me?
Sádicos pah!
Prova superada!
3ª prova - Dormir num quarto com 2 jovens ( o mais jovem com 87 anos o outro parecia ser pai do primeiro )
Gemidos, ronquidos e ruídos que ainda hoje não identifiquei!
Dormir: prova não superada!
4ª prova - aguentar sem comer até à hora da cirurgia.
Parece fácil não é? Pois...
5ª prova - Depilação!
Se o momento não fosse já bastante humilhante de por si ( um gajo feito e direito de cú para o ar a ser tosquiado como uma ovelha não é uma imagem sexy ) pomos à mistura na cena AS 8 ESTAGIÁRIAS A OLHAREM PARA O MEU TRASEIRO E A FAZEREM PERGUNTAS TÉCNICAS!!!
Prova superada, dignidade perdida!
6ª prova - Colocação das vias para soros.
WHAT?!! Prova prática para uma estagiária..........
Momentos de suor ( para os 2 ), depois de várias tentativas e de me deixar a mão que parecia ter sido mastigada por um doberman, desiste e a enfermeira acaba o trabalho... Ainda não sei se tenho que passar por uma plástica ou por umas horas de terapia para superar este momento.
7ª prova - Banho com liquido desinfetante para esterilizar o corpo para a intervenção + vestir batinha manhosa que te deixa o cú ao léu!
Não, aqui os pervertidos que pensaram que as estagiárias também entravam na prova do banho podem deixar de ler!
Brrrrrrrrrrrr Error 404 - Água No Found!
WTF!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Sim, o Hospital não teve água, em consequência as operações ficaram todas para a tarde...
18:15 da tarde - Visita do médico para me avisar que devido a urgências temos que adiar a intervenção, que me vai mandar vir algo de comer e amanha será outro dia...
( Fim da 1ª Parte )



Resulta que na quarta-feira o bloco operatório está reservado para ortopedia e quinta não houve vagas, sexta era feriado e no fim de semana não há operações!

Sim, está comprovado cientificamente que em Portugal o pessoal não tem acidentes graves, nem necessita ser operado nunca no fim de semana, o que é uma sorte, assim os pobres médicos podem descansar das duras jornadas de 4 horas de segunda a sexta, quinta se não houver um feriado, uma ponte, greve ou "meterem o dia". Este último conceito, meter o dia é digno de estudo e de por si só dava para outro relato, mas vamos centrar-nos no tema que estamos, as minhas "férias" no hospital!

A situação ficou a seguinte: De repente, um gajo irrequieto como o caraças ( ou seja eu ) em pijama e com os braços esburacados ficou de repente com montes de tempo morto para investigar a arquitetura do edifício e passar um fim de semana diferente.
O pior de tudo é ter que usar uma casa de banho que não é a minha. Não sei se vocês são dos meus, mas eu sou dos que sou capaz de fazer uma viagem de 400km, passar 5 dias em casa dum amigo, regressar outros 400km e só ao chegar a casa encontrar o conforto do meu trono do mundo.
As casas de banho dos hospitais são do pior, já entraram numa? Além do cheiro que parece que guardam lá os corpos antes das autopsias, há sempre um raio duma luz que está noutra onda, apaga quando quer e se não quer, não acende em 3 dias. Além disso está sempre o raio do aviso na entrada:
Nao sei se é um aviso permanente ou é uma prova de obstáculos, mas o plasticucho amarelo está em todas as portas, não me estranha que não mudem as lâmpadas do wc, gastaram o orçamento em painéis de aviso!
Entras, aguentas a respiração como se estivesses a ver um truque de magia na tv ( sim, todos aguentamos a respiração quando o tipo está dentro da caixa de água para ver se aguentamos ), esquivas as mijadas, no fim tens q meter a mão dentro da caixa do rolo industrial ( recordações de quando era puto e tentava sacar as latas das máquinas de bebidas, standart ), agarras a pontinha com os dedos, quando parece que já está, rompe-se o papel e voltas a tentar. A linha que separa o uso do papel higiénico dos wc dos hospitais à sala de curativos para te vendarem a mão pelos cortes sofridos é extremamente fina.
O pior é ao sair ver o olhar assassino da senhora de limpeza, parece que acabaste de comer recém nascidos às escondidas lá dentro! Quando te afastas escutas sempre o longe "São uns porcos, mijam tudo!"
É um facto real que sempre está tudo salpicado, sim, mas ... alguém pensou que a falta de visibilidade pela merda das lâmpadas tem algo a ver?!!
Passam as horas e claro, é sábado à noite, que fazes?Eu descobri um sitio seleto, seleto para passar as noites de sábado.
As urgências!
Aquilo não fecha, não pagas à entrada e há sempre ambiente! Muito melhor que um after páh!
Entro e vejo o people à vontade, cómodos pá! Uns em fato de treino, uns em pijama, outros de chinelos, um nu com um cobertor pelos ombros, super cómodos todos! Entras e ninguém te diz nada, não reparam em ti, em definitiva, ninguém te liga puto e isso é fundamental em qualquer local para um tipo se sentir à vontade.
Entra um tipo com a mãe agarrada ao ombro, a mulher com uma cólica no rim à três horitas mínimo a mijar sangue e torcida pelas dores:"- Ajuda, a minha mãe teve uma crise de..."
"- Sente-se ali e aguarde um momento, dentro de pouco vai ser chamada." - Interrompe logo a senhora simpática do guichet
O que é que tem "ali" de especial? Vai-lhe doer menos que sentada em casa? Por acaso há analgésicos nas condutas de ventilação?
Continuo por ali às voltas e igualzinho que nas discos. Um a vomitar na esquina, um mijado, um com o olho à belenenses, um grupito a fumar na porta e lá está o típico de todos os locais, aquele que começa a dizer que é amigo do peito do dono da pocilga ou é primo do DJ, o mesmo tipo aqui também existe, o gajo entra, empurra um que está de pé com o olho na palma da mão à espera à três quartos de hora "- Deixem-me entrar já, o meu vizinho é o diretor do hospital e sou primo do delegado de saúde". Sem espinhas!
Vim cá fora fumar um cigarrito, que ainda não há confiança e não quis abusar de fumar no balcão informativo.
Entro outra vez e outro momento standart, nas salas de espera há sempre, sempre um gajo que cheira mal e sempre, sempre, a cadeira vazia ao lado.
Entras confiante e a pensar "Sou um tipo com sorte, chego e arranjo logo lugar sentado", pois... aos 10 minutos já te levantas e tens que estar ligado a botija de oxigénio até tirar o musgo dos pulmões.
Ainda não tinham batido as 4 da matina arma-se g'anda confusão, entra um grupo com um puto que tinha engolido a chave da porta da cómoda do quarto da avó, ehh pá, só chiqueiro, a mãe, o pai, a prima, a avó, uma vizinha em bata, o primo que apanharam pelo caminho e só não trouxeram a cómoda porque não entrava no mono-volumem!
O miúdo com os olhos esbugalhados, o esófago rasgado, cagado de medo.
"- Sente-se ali e aguarde um momento, dentro de pouco vai ser chamado."
TOMA!!
O ambiento começou a ficar pesado e aqueles posters da enfermeira do tempo em que a Lili Caneças fez a 1ª Comunhão com o dedo nos lábios a pedir silêncio não resulta, tinham que substituir aquilo por um poster do maqueiro com cara de quem masca limoes todo o dia, com umas luvas de boxe e olhar ameaçador ( o olhar de sempre, vamos ).
Fumo mais um par de cigarritos e decido ir dormir, já começa a romper o dia e dentro de pouco passam revisão de celas, antes de ser dado como desertor é melhor apresentar-me no posto.
Passo o domingo realmente angustiado, é dia de visitas e não o digo pelas minhas, mais não seja porque proibi a famelga de aparecer por lá, mas o domingo parece que ninguém tem mais nada que fazer, metem-se todos no carro com a roupinha domingueira a cheirar a naftalina e lá vão todos fazer ronda pelos pisos do hospital.
Estou convencido que muitos deles vão a aventura. "Vamos Manel que de certeza está lá algum conhecido, é só procurar um bocadito."
O tema de conversa nem vale a pena comentar, aquilo parece um concurso:

"-Já cá estive 8 vezes e fui operado 5!""- Eu tenho seis ulceras e a vesícula rebentada."
"- O meu cunhado coitado não aguentou a anestesia."
WTF
"-Um antidepressivo por favor para passar a tarde!"
Segunda-feira é dia de preparativos e terça pela manha chega a hora H...
( fim da 2ª parte )


Resumo da operação: Ser operado é uma merda!
Fim
Preparativos:
Vestir a batinha manhosa do cu ao relento e perder a dignidade em 3 segundos
Ser levado pelos corredores deitado na cama e sentir-se no zoo ao passar pela gente
Escutar as falinhas mansas da enfermeira e sentir-te enganado
Ser deixado "estacionado" na zona do bloco operatório e sentir-te um peru em vésperas de Natal
Entrar na sala de operações e reviver mentalmente toda a saga Missão Impossível elaborando um plano de fuga
Estar cagado de medo e tentar não perder a dignidade!
Das piores sensações que tive na minha vida foi a anestesia. A mim tocou-me na rifa uma epidural, para os ingénuos que não se sentem aterrorizados pela simples palavra comentar que é uma agulha de 20cm, dobram-te como uma lagartixa com a testa a tocar os joelhos, cravam-te aquela porra nas costas até encontrar a medula e deixam-te morto da cintura para baixo.
Ser operado dá respeito, mas estar consciente e sentir ( sem dor, mas sentir ) como te estão a cortar como quando estas na bicha da charcutaria do Pingo Doce é foda!
O bisturi é laser e o cheiro que fica na sala... No Comment!
Poupo os restantes detalhes da intervenção. De aí fui levado para o meu quarto e estive 5 horas à espera que passa-se o efeito da anestesia. As piores 5 horas da minha vida, credooooooooo, que sensações, febres, suores, frio, calor, frio, tremores...
Cinco horas depois já podia mexer as pernas um pouco, aqui foi o momento de roubar uma cadeira de rodas, agarrar o carrinho do soro ao colo e com a ajuda da minha mulher escapar corredor fora até sentir o ar de liberdade: um cigarrito à fresca!!
Quando me passou completamente o efeito da anestesia transformei-me no pior pesadelo do pessoal de serviço da enfermaria da cirurgia do hospital.
James Bond em pijama! Só me faltou rastejar pelos corredores, acho que tudo o demais cheguei a fazer!
Hora de medir a tensão: Error 404 - Doente Not FoundHora da medicação: Error 404 Doente not Found
Hora de controlo de soro: Error 404 Doente Not Found
Paguei com cigarros a um alcoólico que tinha tido um acidente de trafico do quarto ao lado e o tipo empurrava a cadeira de rodas até ao fim do mundo!Por um momento senti-me dentro de um Transfromer!
Não fiz a dieta ( com o meu Transformer descobri o bar dos médicos e aqueles bolos tinham um aspeto formidável )Antes de acabar o dia arranquei o soro ( aquele tubinho a dar a dar tava a dar comigo em maluco )Evidentemente não mijei para a garrafita que me deixaram na mesinha de cabeceira e muito menos pedi ajuda à enfermeira para tal serviço, um gajo que já de por si não é um super dotado, ainda por cima com anestesia, aquela porra parecia um morrao da pesca, mas com menos vida ainda! Com esforço e 20 minutos, logrei percorrer os 3 metros de distância até ao wc do quarto e ver como uma parte que parecia alheia a mim começou a jorrar agua que dava para encher uma bilha de 5 litros!
Nessa noite fiquei a dar voltas até à 1 da manha, depois o meu transformer tinha sono e tive mesmo que ficar na cama!
No dia seguinte, não sem antes passar uma noite de dores horríveis ( deram-me por engano paracetamol, sim, o mesmo que para uma dor de cabeça, em vez de tramadol e um gajo ali a suar as estopinhas toda a noite ) banho, mudar o penso e não sei se por vontade própria ou baixo assinado do pessoal interno, foi-me dada alta e enviado de urgência para minha casinha. (...)
Fim da 3ª parte"


"...e um dia vou tirar uma foto assim!"


Encontro-te.

Encontro-te em todas estas manhãs frescas de outono, não há uma em que eu não te veja, nem que seja pela frincha da porta velha e enferrujada da estação. A verdade é que nem sempre vejo os teus olhos de perto. Gosto de te olhar nos olhos... esses olhos enigmáticos que olham os meus também. 
Não sei porque sinto necessidade de te olhar, nem porque sinto a necessidade de te ver todos os 5 dias da semana. Não sei.Talvez eu goste mesmo de ti, talvez eu não consiga me afastar de ti. Não me dás nada, há muito que não dás, a última palavra que ouvi de ti foi "Boa tarde", e isso não quer dizer muito ou quase nada.
Não sei porquê que continuo aqui, a esperar por ti a amar-te assim, a sonhar contigo, deitar-me "contigo" e acordar com a esperança de te ver.
Vivo com esta incerteza, a mesma incerteza que o teu olhar me provoca quando se cruza com o meu, não é por acaso, mas se não o é devias provar-me a razão de isso acontecer.
E eu encontro-te em todas estas manhãs frescas de outono, os nossos olhos fixam-se um no outro mas não há palavras, não há uma acção, há apenas uns olhares mas a intensidade de um olhar transmite o dobro do sentimento quando olhas nos olhos de quem amas.



P.

domingo, 25 de setembro de 2011

Para ti.



Escrevo-te já nao à espera de uma resposta, mas para que saibas que hoje, hoje ainda te amo.
Há meses que não sei nada de ti , por assim dizer, não vejo o teu nome no visor do meu telemóvel, não vejo um "like" numa foto minha, não te vejo a sorrir, nada. É como se já nem soubesse onde moras.
Hoje, hoje ia ter notícias tuas. Tive, vi-te sorrir e ouvi a tua voz, tive-te perto de mim outra vez. Invadi a tua casa, vi de perto o teu "mundo", não me aproximei demais. Conheci a tua família, a tua linda cadela e descobri mais de ti.
Hoje, pensava que ia perder o meu medo, que ia falar contigo e resolver as coisas, pensava que hoje tudo ia mudar e já mudou um nadinha de nada. Cumprimentaste-me e trocaste umas pequeníssimas palavras como "sim" ou "não", foi pouco mas já valeu alguma coisa. Queria ter falado mais, queria ter olhado mais, queria ter uma recordação visível tua mas não tive. Fui-me embora no momento errado.
Sabes esta coisa de gostar de ti não é de agora, não é de anos mas é de há tempo suficiente para abalares o meu "mundo". Isto não é fácil, nunca foi. Eu tentei, várias vezes até. Falei contigo e tu deixavas de responder, olhava para ti e tu desviavas o olhar, estava perto de ti e tu fugias.
Hoje isso não aconteceu, hoje mantiveste-te firme, olhas-te sem te cansares, riste-te sem vontade, falaste comigo e eu contigo, trocamos olhares... e foi assim, o nosso reencontro entre dois mundos que se contemplam e dois olhares que se cruzam.
E era só isto, umas dezenas de palavras que te escrevo.
Até amanhã S.


P.

I'll be...


P.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Medo.



Tenho um medo do qual por muito que tente nunca o consigo derrubar, mas por já ter passado demasiado tempo debaixo da sua sombra, acho que devo de vez tirá-lo de cima de mim.
Esse medo é simples, não é nada que já não se podesse ter ultrapassado, mas o meu ser não consegue ainda descobrir-se..
Tenho um medo, um pavor a falar com alguém que goste, principalmente se estiver chateada com essa pessoa, não que esteja neste momento, no fundo nunca percebi se estava, a única certeza que tenho é que a outra pessoa depois de eu lhe ter contado o que sentia, ela sim, ficou com medo, fechou-se dentro da sua carapaça e nunca mais reagiu, nunca mais me falou, até hoje. Por este motivo, sei que deveria ter a suprema coragem de combinar uma hora ou uma saída para tomar café e falarmos sobre o sucedido, mas eu não tenho coragem. Sou tão ou mais fraca que ele, não consigo, chateia-me ter que todos os dias passar por ele e trocar apenas um olhar, um olhar triste e vazio.

Nestes meses que já se passaram, a única coisa que trocamos foi sempre um olhar, um olhar todos os dias de manhã sem sabermos que no dia seguinte nos voltaríamos a encontrar.
É este medo que me atormenta, que há meses que não me deixa descansar em paz, e este não é só o meu medo, mas o medo de muita gente.
Está na altura de mudar tudo, de ser capaz de falar com ele pessoalmente pela primeira vez e se não melhorar a nossa amizade, então aí espera-se de novo ou então apaga-se, pelo menos tenta-se.



P.

sábado, 17 de setembro de 2011

Psicologia do Amor (7)



Somos duas almas perdidas num pequeno "aquário" cheio de azul, um azul transparente como o azul dos teus olhos. Há um rio que nos separa, uma janela que não abre, dois corações feridos.
Penso que já te perdi, que já não te vou voltar a encontrar, tal como tu não te encontras ... mas há um momento, um momento em que tudo o que de mau existe desaparece, tudo o que nos separa ainda nos junta mais, nesse momento acredito que afinal ainda pode haver um "nós", um "nós" forte e presistente capaz de enfrentar tudo e todos, e somos só eu e tu e o nosso "aquário", com o nosso castanho e o teu azul, com o verde que é meu.
Há um rio que nos separa, há uma janela que abre e existem dois corações apaixonados. Haverá sempre um tu e eu e pode nunca haver de novo um "nós", mas viverás sempre no meu coração como um peixe vive na água, no mar, no rio ou ... no nosso aquário.

P.

"...e um dia vou tirar uma foto assim!"

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Música ♥.


Desabafo sem/com sentido


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Há momentos em que escutamos palavras que não nos caiem bem. Engolimos a seco e esboçamos um sorriso cínico em vez de fechar o rosto. 
Outros momentos em que um olhar basta para nos obrigar a sorrir sorridentemente.


Hoje sinto-me assim, confusa como quando leio Fernando Pessoa. Falo, falo e escrevo, escrevo mas nada se percebe porque os sentimentos opostos guerrilham dentro de mim e não mais chegam a um Tratado de Paz.
Seria tudo mais fácil se não ouvisse determinadas palavras, se não fosse a primeira pessoa a quem outras recorrem para me dizer o que acabaram de fazer com X ou Y, se não existisse a parte que me faz sorrir. 
Simplificar-me-ia a vida uma maior racionalidade e uma menor sentimentalidade, um coração frio como o novo planeta com dois sois em vez de um quente como Vénus.
Se só fossem esses olhos que se cruzam com os meus, as palavras que te diria seria mais simpáticas e não tão  estúpidas como as que pela boca se escapam nos momentos em que as tuas decisões te afastam de mim.

Um desculpa por tudo e um obrigada por existires!

Isto é ridículo mas mais ridículo seria se nunca me tivesse apaixonado ridiculamente por ti!

M.