segunda-feira, 15 de junho de 2015

Não percas a essência.

 




Não sei se deva escrever alguma coisa sobre isto. Sabes aquele sentimento de nem saberes bem se estás a fazer bem ou não e nem consegues perceber bem o que te vai cá dentro?! Eu encontro-me assim. Deixaste-me assim, sem perceção de nada.
Custa perceber que perdi o céu em vez de perder o chão. Era suposto eu me encontrar num pleno estado de felicidade com maresia do teu perfume. Ao invés disso encontro-me nem sei bem onde, num lugar escuro que muito de vez em quando me aparece assim uns raios de sol imensos, quentes e me deixam feliz.
Não pensei que me pudessem partir vezes e vezes sem conta o coração e mesmo assim ele continuar com as peças todas. É incrível a sua força de regeneração, a vontade de continuar unido a uma réstia qualquer de felicidade perdida pelo meio da vida.
Como sei que provavelmente nunca lerá isto, vou apenas deixar-te aqui aquilo que um dia, num futuro próximo, eu te diga e tu sigas o que te digo.
Lembra-te sempre de quem és, da tua essência. Lembra-te essencialmente/profundamente das pessoas que tens ao teu lado mais leais, amigas, de confiança e sobretudo que te amam. Nunca faças por as perder, podes não ter mais nenhuma oportunidade de elas se cruzarem na tua vida. Independentemente daquilo que te façam, digam, pensem de ti considera sempre como válida única e exclusivamente a tua consciência, os teus atos. O que os outros dizem, fazem, inventem, não tem importância nenhuma para ti nem para aqueles que estão do teu lado, porque te conhecem, te adoram e sabem o teu verdadeiro lado. 
Se um dia acordares dessa tua dormência repentina do teu lado “bom” e verdadeiro, avisa-me e sabes bem onde me procurar. Não queiras nunca ser mais daquilo que te dou, daquilo que guardo de ti.
Queria não querer tão fortemente te ter aqui, como antes eras, como antes te tinha, como antes te amava. O meu único desejo é que voltes ao teu eu essencial. Aquela pessoa fascinante que muitos conhecem e todos criticam. Que no fundo é o mais amável e carinhoso de todos. Que faz tudo por quem está sempre do seu lado. Sabe aquilo que é justo e merecido. Que tem um sorriso incrível independentemente de como esteja o corpo por dentro. Aquela pessoa que eu conheci e que disse que nunca me faria arrepender daquela escolha decisiva. Aquela pessoa que sempre confiou em mim de uma forma irrevogável! Aquela pessoa que um dia eu deixei entrar na minha vida e quis a todo o custo mantê-la sempre nela. Não deixes que te estraguem. Não queiras mudar só por revolta, confusão ou rebeldia. Para quê perder o mundo quando o conquistamos?! Para quê deixar tudo ao molho, perdido, fragmentado por cada pessoa que marcaste de alguma maneira?!
Em último, digo-te apenas algo que já te disse antes, e penso que tenhas lido e tomado em consideração: És uma pedra preciosa, uma joia rara que teimam em destruir. Não percas a guerra por meia dúzia de indivíduos.

segunda-feira, 1 de junho de 2015

sem palavras.



Nem as palavras me saem. Nem o choro me alivia. Parece que me arrancaram aos pedaços a sangue frio. Não deram nem tempo para o anestésico me correr pelas veias. As dores de coração são fortes, esmagadoras, dolorosas, resistentes e parece que te sentes sem ar. Sinto-me quase a dar o último suspiro. Destas horas que não passam, os dias que não correm e tu continuas aí a rir da minha dor. Como se tu não soubesses o que é sentir isto, isto a que chamamos de amor. 
Quanto mais caímos parece que ao mesmo tempo menos aprendemos, esta analogia não tem qualquer tipo de sentido, no entanto é como vejo a situação neste momento. 
Parecia ter aterrado em solo conhecido, acabei em solo marítimo, acabei sem oxigénio. 
Obrigada, obrigada por me teres tirado a única réstia de esperança que alguma vez tive de me apaixonar e conseguir atingir a felicidade plena. 

Já nem as palavras me soam bem. Já nada me parece bem...
Sinto o estômago num oito e o coração carregado de sopros. É só.