domingo, 18 de janeiro de 2015

Escrito à 1 semana.



Guardei-te na minha alma. E não sei que mais possa eu fazer para te arrancar daqui a tempo. Pára por favor. Não quero que me levem de mim. Não tenho já quase nada que me segure ao chão. Não quero amores impossíveis, sonhos perdidos, ilusões desvanecidas. Não quero ter saudades. Não quero voltar a sentir a pele quente no teu beijo. Não quero sentir os teus olhos cravados nos meus, como duas flores na primavera. Não quero que me arranquem de mim.
Deixa-me estar aqui, somente, sem nada nem ninguém a me desorientar. Não consigo arranjar mais forçar para aguentar estas complicações, estes rabiscos que ando a criar nesta nova folha de papel branco… Não deixes que eu me apaixone por ti, não o faças! O amor tem sido demasiado cruel comigo nestes últimos tempos. Quero estabilidade. Quero que saibas o que queres. Pois eu sempre soube o que queria...
Não voltes. Não quero que voltes ao que eras, continua como agora. Deixa-me ser fria, deixa-me ser dura. A vida me ensinou isso. Por muito que doa, que me rasga a pele, que me queime por dentro que nem o álcool que nos corre nas veias em noites de festa. Deixa.

Como se desliga o interruptor? Como páro algo que nem eu sei como começou a andar. Como se deixa de sentir? Como faço eu para parar de pensar, como faço para não acreditar no que tu me dizes? Aliás, quero que me respondas a isto, como deixo eu de ligar ao que me “dizes” quando me olhas? E tu sabes que eu olho muito nos olhos das pessoas. Pára com estes jogos em que sais sempre a vencer e eu caída no chão como uma perdida. Pára! Vamos preservar o que ainda dá... Não me faças desistir de ti, da amizade. E tu ainda não sabes, porque nunca to disse, que quando deixo é para sempre. Não há volta! Fica a dica.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Estranhas alturas.




Têm sido dias difíceis. É estranho, bizarro quase, escrever eu isto, a uma hora destas, no lugar onde estou, do meio onde estou inserida, mas é como me sinto... Ainda há minutos estava super feliz, sim, é verdade. Começo a achar que sou mesmo bipolar no que toca a isto dos sentimentos. 
Não é fácil lidarmos com tanto tipo de situações de "ultimato", quase como um atentado à nossa integridade mental. Encontro-me em duas situações limite, talvez mais que duas, mas neste momento só consegui estabelecer estas na minha mente. 
Sou uma pessoa muito frontal, muito dura - especialmente nas palavras - radical, corto quase sempre o mal pela raiz, é o meu método de me abstrair de pensar nas situações vezes e vezes sem conta, insónias e momentos depressivos. Cada um de nós tem o seu refúgio, a maneira de se escapulir a estes períodos da nossa evolução como seres humanos e pessoas inseridas numa sociedade. Não sei mais que fazer. 
Odeio que me façam isto, aquilo que tu, ser, me fizeste. Quase como quando prevemos que uma onda não chega onde estamos e nos leva, de repente dás por ti já em mar alto, sem pé... Sinto-me assim, sem pé, com a cabeça cheia ás voltas sem fim. ~
Quando me afastei, quanto tu te afastaste soube, nesse momento que nunca mais, disso tenho eu hoje a certeza, as coisas voltarão ao mesmo. Nem de perto nem de longe. Perdeu-se tudo que nem uma agulha num palheiro. Não saberemos nunca mais voltar ao início, e tu sabes disso! É o que mais me custa, não sei porquê, talvez saiba até certo ponto, mas continuo a não perceber o porquê, a razão disto tudo. 
Não há nada que eu consiga fazer, nem tu, nem se quer tu consegues fazer alguma coisa para voltar ao "antes", porque isso está no passado e nós estamos a viver o agora. 
Custa-me o chão que piso, ver o que se passa, ver que tudo se foi e acho que nem tu ficaste. 
Um dia aprendo a não gostar, um dia aprendo a ser uma rocha. Um dia aprendo a não ser eu, e talvez nesse momento eu saiba não sentir e somente pensar.