quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Medo.



Tenho um medo do qual por muito que tente nunca o consigo derrubar, mas por já ter passado demasiado tempo debaixo da sua sombra, acho que devo de vez tirá-lo de cima de mim.
Esse medo é simples, não é nada que já não se podesse ter ultrapassado, mas o meu ser não consegue ainda descobrir-se..
Tenho um medo, um pavor a falar com alguém que goste, principalmente se estiver chateada com essa pessoa, não que esteja neste momento, no fundo nunca percebi se estava, a única certeza que tenho é que a outra pessoa depois de eu lhe ter contado o que sentia, ela sim, ficou com medo, fechou-se dentro da sua carapaça e nunca mais reagiu, nunca mais me falou, até hoje. Por este motivo, sei que deveria ter a suprema coragem de combinar uma hora ou uma saída para tomar café e falarmos sobre o sucedido, mas eu não tenho coragem. Sou tão ou mais fraca que ele, não consigo, chateia-me ter que todos os dias passar por ele e trocar apenas um olhar, um olhar triste e vazio.

Nestes meses que já se passaram, a única coisa que trocamos foi sempre um olhar, um olhar todos os dias de manhã sem sabermos que no dia seguinte nos voltaríamos a encontrar.
É este medo que me atormenta, que há meses que não me deixa descansar em paz, e este não é só o meu medo, mas o medo de muita gente.
Está na altura de mudar tudo, de ser capaz de falar com ele pessoalmente pela primeira vez e se não melhorar a nossa amizade, então aí espera-se de novo ou então apaga-se, pelo menos tenta-se.



P.

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