sexta-feira, 13 de abril de 2012

Conversas Filosóficas

Estávamos a jantar eu, a minha mãe e o meu querido irmão (o pai está a trabalhar). 
Hoje, ao sairmos da piscina, pois sexta é dia de piscina, uma senhora mais a filha passaram por nós, e claro, que para eu as referir aqui é porque eram pessoas conhecidas aqui da P. 
Ao jantar, comentei com a minha mãe quem eram, a mulher de olhar enigmático e a sua filha com cabelos de ouro.
P. - Mãe, viste quem passou por nós hoje? 
Mãe: - Não.
Irmão: - Quem mana? Quem?
P. (a sussurrar para a minha mãe) - A mãe do "loiro"...
Mãe: - Ah?!
P. (de novo a sussurar) e soletrei o nome da pessoa.
A minha mãe percebeu de quem se tratava e disse que a senhora era muito choquinha.  Claro que eu me desmanchei a rir. Entretanto, passou no telejornal a notícia sobre o dia do beijo e, por acaso, o meu irmão é uma criança muito afectuosa sempre a dar abraços e beijinhos. 
A minha mãe para o meu irmão - Ó L. tu gostas muito de abraços, não gostas? De mimo e assim?
Irmão: - Gosto pois mãe! Tu também não gostas? 
Eu referi que quando ele tiver uma namorada, ui aquilo vai ser uma coisa louca. Já o estava a imaginar a entrar pela porta da cozinha com a namorada e a enchê-la de beijos e abraços. 
Irmão para mim: - Olha e tu com o duda também não era assim? Ele era o "amor da tua vida ".
P. (gargalhada e uma pitada de angústia)
Mãe : - Ah mas a P. já teve 2 namorados depois desse (mentira). 
Irmão: - Ai e quem eram? Eu não soube de nada. 
Mãe: - O Zé e o Manel. 
Irmão: - Ó mas a P. acabou com o duda e eu gostava muito dele.
P. (sem reacção possível)
Irmão: - Eu queria que ele fosse meu cunhado, que a P. casasse com ele e tivesse filhos para eu ser o padrinho. Porque eu sou mais novo e então para ela só faltam 2 anos para ter filhos e a mim ainda falta muitooo..
Depois disto eu respondi-lhe sobre a parte de eu ter filhos aos 20 anos que não concordei de todo! O que há a retirar daqui é que parece que esse "duda", que é o meu ex-namorado o "loiro", aquele a quem já escrevi três textos com o título de "Recaídas de um amor já perdido", permanece não só na minha memória e no meu dia-a-dia, mas também como  alguém que o meu irmão adorou conhecer, e que de algum modo, queria que ele permanecesse na vida dele e fizesse parte dela. Na do meu irmão pode sempre, permanecer na minha é de prever que não, no entanto ainda tenho recaídas como as de hoje.

P.

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