Foto tirada por mim, "Lua".
Como já devem saber tenho um gosto enorme pela Lua. Não gosto dela só porque sim, gosto dela porque tem um grande significado para mim e às vezes tenho a sensação que ela me "fala".
Na sexta-feira passada quando fui à garagem buscar qualquer coisa, estava ainda o sol a pôr-se e a Lua já bem alta no céu. Fiquei parada por uns minutos a contemplar aquela paisagem. O sol ia descendo cada vez mais e a noite estava a aproximar-se e eu queria tanto tirar uma foto aquela "paisagem", que fui a correr buscar a máquina. Tirei esta foto da minha varanda. Hoje ao vê-la não tenho a mesma sensação que tive quando vi no momento, sinto parte do que sentia na altura, porque por muito que queiramos guardar seja o que for, acabamos apenas por guardar parte e nunca por inteiro.
A Lua é difícil de guardar pelo menos numa fotografia. Ela afinal é umas milhares de vezes maior que eu, embora daqui pareça tão pequenina.
O amor às vezes é como a Lua, pequenino à distância mas tão grande ao perto. É difícil guardá-lo da mesma maneira que ele está quando o encontramos. Ás vezes pode ficar maior e mais completo ou pequeno e menos preenchido.
O problema do amor em relação à Lua é que ele não me sabe falar, ele quer mas nem sempre consegue. Por vezes mostra uma coisa mas é outra, outras vezes parece simples de conquistar e é o mais difícil possível.
Mas há uma coisa em comum tanto quanto à Lua e o Amor: é que ambos são sempre muito fáceis de ver, e não é por serem grandes é por serem bonitos quando do outro lado está alguém a olhar para eles.
P.
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