Chuvinha do meu coração

Chuvinha do meu coração, gosto tanto tanto de ti, menos quando me molho em ti nos dias de escola. Gosto de ti quando estou em casa, sozinha, e vejo aqueles filmes todos românticos que só me fazem pensar no porquê de um dia não ter agido de vez. Gosto de quando começas a cair na altura em que eu precisava de realmente te ver cair. Gosto de quando cais insensatamente e eu estou enfiada no escritório a estudar como uma marrona. Gosto de ti porque gosto, porque és simples, não demoras muito e quando tens que cair cais, molhas-me a roupa, a cara e molhas-me o coração.
A chuva é das coisas que eu mais gosto no outono, dela e do vento que deita as folhas sem piedade nem permissão ao chão. O amor é assim, como o vento. Está constantemente a passar e nunca se cansa, apenas fica em stand by, apanha-nos de surpresa e leva-nos com ele sem sequer nos pedir. Como diz o velho ditado "quando mais me bates mais eu gosto de ti" o amor é assim, podemos reclamar, podemos gritar, sofrer chorar mas quando realmente o temos do outro lado é como se o Mundo fosse nosso. Por muito que se diga não ao amor ele anda sempre connosco porque no fundo, bem lá no fundo precisamos mais dele do que ele de nós.


P.