terça-feira, 30 de agosto de 2011

Psicologia do amor (6)

                             Miley Cyrus and Liam hemsworth in The last song (2010)

Lembro-me de dizer vezes sem conta a palavra "sempre", de a escrever a seguir à palavra "amo-te". 
Não sei o porquê que hoje, e não só hoje, temos aquela ideia de que tudo é para sempre quando somos puros adolescentes, na idade dos namoros, do grande amor e das grandes desilusões. Nada é para sempre, se nem a vida o é porquê que o amor seria? Não há de facto razão que o explique, simplesmente é mais fácil acreditarmos que é. 
Partindo do principio que mal nascemos estamos destinados a morrer, e é a única certeza que temos, sabemos que a vida, essa, não será nunca para sempre. No amor, sendo ele uma coisa boa, pelo menos é aquilo que todos pensamos dele, é fácil querer e crer que ele será para sempre, que enquanto ali estivermos com aquela pessoa nunca nada acontecerá e que tudo será azul e cor-de-rosa, mas, há sempre um mas, há sempre um senão, um dia tudo aquilo que construímos, naquela e com aquela pessoa, desmorona-se de uma dia para o outro, ou de dia para dia, e a palavra sempre torna-se agora. Porque eu amo-te agora e não sei como será o dia de amanhã.

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