quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Andar de carro.

Sem rumo, decidiu ela pegar no carro e dar uma volta pela cidade, sem ponto nem hora de chegada. Gostava de ter a sensação de conduzir um carro, de se guiar a si mesma.
Numa das ruas passou por duas casas que lhe eram familiares. A primeira do lado direito da rua, era de um ex amor seu, a outra a poucos metros mais à frente, um amor recente que lhe deu asas mas também as soube tirar. Nessa rua, havia um simples contentor do lixo, como é normal; nos pequeníssimos segundos que passou naquela rua, apareceu o seu amor recente, pessoa que de modo algum esperava vê-la ali mesmo e parecendo que não, foi como uma "lufada de ar fresco".
Andar de carro tem destas coisas, encontrarmos caminhos antigos, caminhos que nos levaram a uma felicidade, embora  curta.
É estranho pensar que em simples segundos podemos ver aquilo que durante dias, semanas, meses, anos quisemos ter sempre presente nos nossos dias. Ás vezes somos surpreendidos pelo Amor, ou pela vida.
Eu acreditava e acredito, que nada acontece por acaso tudo tem uma razão, que nada é pura coincidência, não sei se estarei certa desta "minha" teoria, mas gosto de acreditar nela. Através de uma janela vemos o Mundo, através de uma janela vemos o amor a passar, a pedir-nos que o siga, acho que já o segui, não me lembro. Um dia vou segui-lo outra vez.


P.

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