domingo, 10 de julho de 2011

Mas quem manda aqui?

Anne Hathaway e Jake Gyllenhaal in Love and other drugs


Se é o cérebro quem nos mantém vivos, se é dele que dependemos para sermos considerados "seres animados", também é ele que nos faz perceber que estamos apaixonados. 

Juntamente com o que nos rodeia (deste as pessoas até ao vírus), somos pares acção-reacção. 

Passo a explicar: Quando estamos com frio, a nossa pele sente esse frio. Como existem milhões de células sensoriais no maior órgão do nosso corpo, facilmente se cria um estímulo que percorre os nossos neurónios e chega ao comandante, ao Cérebro. Logo logo o nosso chefe máximo ordena que se ericem os pêlos, tremam os músculos, diminuam o calibre dos vasos sanguíneos para aquecermos.

Ora se não fosse este comando rigoroso talvez morrêssemos de hipotermia. 

Quando estamos numa situação especial com aquela pessoa especial:
A cabeça roda
Os olhos brilham 
Os lábios estremecem
As mãos transpiram
Os pulmões suspiram
O coração acelera
O estômago borboleteia 
As supra-renais trabalham
As pernas tremem
O corpo deseja

Quem permite que tudo isto aconteça? Ora não é o coração. É o nosso cérebro. 
As emoções são controladas pelo cérebro.
Todos os nossos sentimentos e emoções têm a sua origem no interior profundo do cérebro no sistema límbico. Uma lesão nesta parte do cérebro não nos permite ver se as outras pessoas estão a expressar raiva ou tristeza. E não poderemos sentir medo se ouvirmos sons misteriosos na cave a meio da noite. As emoções têm por base os sinais nervosos a partir dos sentidos.

Assim sendo,
Se estamos apaixonados é porque o nosso cérebro quer. Quando sofremos uma desilusão não é o coração que se parte mas sim o cérebro que se despedaça. Não é o coração que precisa de atenção mas sim o cérebro que está carente.


Coitado do nosso coração que, além de  bombear a vida pelo nosso corpo, é sempre culpado da nossa tristeza amorosa. Chega disto, vamos revoltar-nos com o cérebro.


M.

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